quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O tédio como meio de criar vida

Eu e minha companhia inventada
deitados no chão com os olhos ao céu
- tantas estrelas, tanta visão -
que será que dão pra elas brilharem e serem o que são ?

É, minha infeliz invenção...
não será o que quero ser, nem sou o que quero
de tanto de aclamar, afugento-me da razão de desejar-te tanto
teu brilho falso é o que te faz tão perfeita,
tão bioluminescente
tão condescendente

Não afugente-se, não suma
apesar de falsa és minha única amiga
companheira de copo e cama
de discussão e iluminação

Não saia até a outra ilusão vir
não mude nem o odor
pois meu tédio uma hora há de sucumbir


- lembre que o amor é tão escroto quanto você, infeliz ócio.

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